Mantendo seu histórico de temas sociais, a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2015 cobrou de milhões de candidatos que refletissem neste domingo sobre “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. Mais do que isso: pediu que, além de uma análise sobre o problema, os estudantes contribuíssem com uma proposta de intervenção, pensando em uma possível solução.

A proposta, ainda que não cause surpresa em um exame marcado pela questão social em diversas esferas, foi bem recebida por professores e entidades ligadas à luta pela igualdade de gênero. No primeiro dia de provas, outra pergunta relacionada foi cobrada dos estudantes em uma questão de Ciências Humanas: o feminismo, apresentado na forma de uma citação da filósofa e escritora francesa Simone de Beauvoir.

Esse assunto vem ao encontro das questões ligadas à cidadania que o Enem sempre traz. Estava mesmo faltando falar da mulher: em um momento em que se trata tanto da igualdade de gênero, é importante o candidato pensar em uma das maiores manifestações da desigualdade, que é justamente a violência — avalia a professora de Linguagens do Universitário Maria Tereza Faria.