Ao participar da oitiva referente a Comissão de Investigação e Processante instalada na Câmara Municipal em decorrência da Operação Benedetta, o prefeito afastado do cargo há quase um ano por decisão do TRF-4, Gustavo Cancellier (PP), ao invés de depor, fez a leitura de uma espécie de discurso diante dos membros da referida CIP, na manhã da última quarta-feira (27).

Após essa atitude que de fato não era esperada, quando passou a ser questionado pelos vereadores, ele imediatamente informou que não iria responder as perguntas, a mesma posição que tomou o seu advogado.

Segundo especialistas, o depoimento é o momento em que o inquirido deve servir-se para esclarecer fatos, contrapor supostas acusações, e especialmente em um caso como esse em que o citado praticamente não se dirigiu aos munícipes durante o longo período, mesmo com o sigilo ainda existente, através dos edis e assessores presentes na Casa do Povo naquele momento, alguma mensagem poderia ter sido passada se fosse do interesse de Gustavo e por consequência de sua defesa.