Embora o parecer divulgado recentemente pela Fundação Catarinense de Cultura já traga a observação que desaconselha a instalação de um banheiro na Praça Anita Garibaldi, na fala de alguns dos vereadores, e principalmente durante a participação de membros da sociedade que se propuseram a falar, a discussão em torno da instalação ou não de um banheiro, foi repetitiva e demasiadamente focada.

Nesses momentos a reconhecida e elogiada iniciativa da administração pública de revitalizar o “umbigo” da cidade, como foi definida por Névton Bortolotto a praça central, era reduzida a um tema que se distancia do anseio dos projetos que visam incrementar atividades econômicas do município.

Ninguém se disse contrário a obra, e as medidas de acessibilidade foram uma unanimidade.

O Ministério Público foi sucinto e claro ao dizer que a legislação faz com que o aval da FCC seja indispensável, e que é nesse sentido que este poder irá acompanhar o caso.

A fundação por sua vez, colocou-se à disposição de Urussanga, esclarecendo no entanto que seu papel é avaliar e dar o parecer sobre projetos que lhe são apresentados, nunca elaborá-los, o que segundo o representante do órgão estadual, Francisco José da Silva, não é papel dos técnicos atuantes na mesma.

Profissionais da área de arquitetura sugeriram a formação de um grupo para um estudo mais aprofundado levando em conta a complexidade do processo de tombamento, o que segundo os mesmos viria contribuir para a elaboração de um projeto mais facilmente aprovado pela FCC.

O prefeito municipal Johnny Felippe defendeu projeto que inclui palco e área coberta, reiterou a necessidade de banheiro na área central da cidade, mas também afirmou que sua equipe de técnicos irá trabalhar no sentido de atender as orientações da FCC, reiterando sempre o cuidado da administração de não perder a verba de aproximadamente R$ 700 mil reais, conseguida junto ao governo federal.