A atual situação de retração da economia brasileira resultou ao menos em uma coisa boa para o brasileiro: a recuperação dos reservatórios de hidrelétricas. Isso deve influenciar diretamente na revisão tarifária periódica que a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) deve aplicar em agosto, com a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Ao contrário de 2015, quando a conta de energia chegou a aumentar 40% com a série de medidas que alteraram a conta do consumidor, este ano os especialistas calculam um acréscimo bem mais tímido na conta, se aproximando da inflação.

Em 2015, não faltaram medidas para aumentar o valor pago pelo consumidor. Logo em janeiro, a Aneel acionou o funcionamento do sistema de bandeira tarifária, que prevê três fases de cobrança na conta do consumidor, dependendo do sistema energético nacional. No mês seguinte, o governo federal aplicou um reajuste extraordinário médio de 23,4%. Para completar o ano, em agosto a Celesc teve a permissão de acréscimo de 3,61% no reajuste anual. Para o presidente da companhia, Cleverson Siewert, este ano a história deve ser bem diferente.