O presidente do Sindisaúde/Criciúma e da Fetessesc Cleber Ricardo Cândido, esclareceu em entrevista no Jornal da Marconi nesta segunda-feira (20), do que se trata o denominado “enxugamento” do SAMU que vem preocupando profissionais e certamente em breve vai gerar reações da população.

As centrais inclusive a de Criciúma, podem ser fechadas pelo Governo do Estado e os atendimentos passariam a ser concentrados em apenas uma central em Florianópolis, o que ocasionaria a demissão de mais de 300 funcionários em todo o estado.

Tal medida atingiria as centrais de Criciúma, Camboriú, Lages, Joaçaba, Chapecó, Joinville e Blumenau, o que na opinião de Cândido trata-se de “cortes em um Serviço de Atendimento de Emergência Público essencial”.

Segundo o sindicalista, os funcionários do Samu, temem a demissão em massa e os riscos de precarização no atendimento à população, por conhecerem o cotidiano das operações coordenadas pelas centrais. Já com o número atual de atendentes existe risco de fila de espera nas ligações para o 192 e de nada adianta a presença da ambulância se a população simplesmente não conseguir ser atendida pela central 192 em uma única central.

Cerca de 90% das ambulâncias do Samu são Unidades de Suporte Básico, que têm apenas técnico de enfermagem e condutor-socorrista, portanto ao atender a vítima necessitam contatar o médico da central para realizar a ocorrência. Esta medida proposta pelo Estado reduzirá o número de médicos. O Samu não faz apenas resgate, mas também transferências de pacientes graves de hospitais de pequeno porte para os de grande porte, através das Unidades de Suporte Avançado (UTI Móvel).